É formidável a banalização do crime político neste país, e, o
exercício para atrapalhar o bom andamento da Operação Lava Jato no
Supremo. No mínimo a intenção é truncar a celeridade do processo. Isto porque me
refiro apenas sobre o que enxerguei nas entrelinhas do pronunciamento
de Michel Temer hoje, dia 13 de fevereiro. Sem dizer o exercício
que existe por trás do exercício. Que foram as tantas “cartas marcadas”
manipuladas apenas neste ano, a partir da mãozinha do "destino" que resultou da
morte do Ministro Teori Zavaschi.
E com “ar” de defensor da Lava Jato o então presidente
Michel Temer decide fazer o pronunciamento oficial onde ele anuncia que
demitirá ministros que se tornarem réus na Operação Lava Jato. Isto é, réus, e, na Lava Jato. Se a
criatura for citada em delações aqui ou acolá tudo bem, afinal, no contexto de
sua declaração ele defendeu com firmeza a presunção da inocência e repudiou falsas
acusações. Meio que avisando a população que em seu entendimento "citações" não tem valor legal. Em outras palavras ele quis dizer que "falar até papagaio fala", portanto ele se sente desobrigado de constrangimentos futuros.
Bizarro é que parte dos ministros já foi citada em diversas delações da Odebrecht – veja a lista abaixo. Entretanto as delações foram homologadas pela Presidente do Supremo, Carmem Lúcia, que por sua vez as mantém em sigilo. Na prática isto quer dizer que enquanto for mantido o sigilo das delações da Odebresch, não haverá A VOZ DO POVO a pressionar o Procurador da República, Rodrigo Janot, acolher as denúncias. Para que só depois, com muito otimismo de minha parte, o novo relator da Lava Jato, Edson Fachin, aceite o acolhimento das denúncias de Janot, tornando réus os denunciados. Lembrando que mesmo que tudo caminhe a mil maravilhas este processo leva em média dois anos.
Acontece que entre a denúncia e a criatura se tornar réu ela
será afastada do cargo, logo, a sua pasta será novamente transferida para outra “carta
marcada”. É deste modo que o nosso respeitável Comandante Geral
das Forças Armadas, Eduardo Villas Boas, entende que as nossas instituições estão funcionando perfeitamente. Em meu sutil entendimento, funcionando perfeitamente
para os interesses do crime organizado instalado nos três poderes. Enquanto
a população paga para ser roubada e agredida física e moralmente com requinte de crueldade.
Ministros citados em diversas delações da Odebresch e acordo
de leniência da Carioca Engenharia:
Ministro Eliseu Padilha - veja, Casa Civil; Ministro Moreira Franco - veja, Secretária-Geral da Presidência – Desde o dia 2 de fevereiro esta pasta foi reativada
com status de Ministério - veja; Ministro da Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab - veja; Ministro das Relações Exteriores, José Serra veja; citado no acordo de leniência da Carioca Engenharia, o Ministro do Esporte,
Leonardo Picciani, e a família dele - veja. E porque não completar esta lista com as 43 citações do
presidente Michel Temer - veja.
Michel Temer declara que ministros denunciados na Lava Jato serão afastados
Nomeação de Moreira como ministro aguarda aval do Supremo / Ministros citados na Lava jato
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